.comment-link {margin-left:.6em;}

sábado, julho 29, 2006

 

...o mundo em tragédia...

catástrofes…

impossibilidade, impotência,
ausência de controlo,
não há interferência
a razão em nada toca
a emoção muito menos,
vem, arrasa…destrói e
mata… o homem constrói
a natureza zangada
mesmo enfurecida
não tem complacência…
resulta em pura demência
o que pode produzir
tamanha dor de alma, tristeza,
desespero e dramas,
piora ainda se não for ela,
a natureza, a autora…
se for a mão do homem
que provoca a cena destruidora
nada, mas nada, terá perdão
nem justifica tamanha agressão…
viver a paz, serenidade, dia após dia,
é cada vez mais raro neste mundo…
quase inexistente diria!

quem tem coração puro
não resiste a elas…
sente por si e por todos os atingidos,
sofre na pele e nos sentidos
é-lhe sempre muito, muito duro
ver viver em dor o que poderia
ser um bom e belo futuro!



Bedina
Julho de 2006
 

...circuitos...

a vida em circulo…

dar início a um diálogo
resposta pronta
recomeço ripostando
agastado misantropo
respondo por responder
o diálogo terminou
nem chegou a acontecer
vários monólogos
separados ou em simultâneo
tanto faz, o barulho
que traz o entulho
das almas amargas
produz efeito devastador
e volta ao princípio…
tudo se passa em repetição
tanto é que se assemelha
a um ciclo vicioso
que só se corta em contra-mão
para se recomeçar
o que nunca se acabou…
vale a pena observar!!!

Bedina
2006

sexta-feira, julho 28, 2006

 

...quando o sol se põe...





o pôr do sol…

dando inicio
ao principio do fim…
radiante de beleza
ofuscante de luz
tonalidades intensas
tons misturados
maravilha de ver
triste de se viver
se não se perceber…




é urgente que a alma
entenda e sinta


o belo que contém
que transportou
que alegra alguém
que o dia vai voltar
que vai de novo acordar
e…se voltará a deitar!

Bedina

2006
 

...águas MORNAS...



águas mornas…

sobrevive-se…
nada de entusiasmante
nada de horripilante
nem frio nem quente
é quase indiferente
mas sobrevive-se...
pequenas coisas somam-se
e transformam-se
com ar para aliviar…
carregam-se baterias
de pouca energia…
o suficiente e
sobrevive-se…
o toque da arte
da natureza
do saber e do ver
é preterido em favor
do eu que é ser…
é triste mas sobrevive-se…
o morno também não dói
vantagem destas águas…
por vezes as mais sensatas
para quem já passou
por momentos tórridos
e gélidos…um todo
necessário para perceber
em que água se está a amolecer
e…ajuizar como e se quer
continuar a sobreviver!

Bedina

2005


quinta-feira, julho 27, 2006

 

...viver sem dar por isso...

vida triste…

triste vida a daquele
que não a soube viver
dando sem receber
solto sem esperar
compensação ou resposta
que o coração não mostra
evita, foge ao contágio
da doação…
e isto não se perceber
é deixar a vida correr
e um dia acordar
ao som do que se não teve
não se mereceu
nunca se percebeu
e no por do sol da idade
ver o que teria tido de seu
se doutra forma soubesse
ter vindo à eternidade…
não houve vida afinal…
foi simulacro mal feito
fingimento sem jeito
vida triste, triste feito!

Bedina

2006


This page is powered by Blogger. Isn't yours?